Uma mente brilhante - um filme sobre esperança


Dentre os muitos filmes que relatam histórias de personagens ou pessoas que sofreram com algum transtorno mental durante a vida,  o filme "Uma mente brilhante", dirigido por Ron Howard, é um dos que mais se destacam.

Vencedor do oscar de melhor filme, o longa conta a história de um jovem matemático chamado John Nash, que é visto na universidade como um aluno brilhante e um  grande prodígio. Porém, na primeira parte do filme,  o vemos como um jovem totalmente isolado em seu mundo,  buscando obcecadamente uma ideia original para sua pesquisa. Nessa parte, John só tem como amigo seu colega de quarto Charles Herman.


Ao conseguir sua ideia original, John termina sua pesquisa e passa a ser professor, dando aulas na universidade. Nesse período, John se apaixona por uma de suas alunas, Alicia, com quem se casa. Nos primeiros anos de casamento, John passa a trabalhar para o Pentágono (centro do exército e da inteligencia norte-americana), interceptando mensagens secretas vindas dos russos.


Durante uma de suas palestras na Universidade, homens o perseguem, capturam e o sequestram, quando John acorda, vê se de frente com um senhor e com seu amigo Charles. John o chama de traidor e o Doutor pergunta:"Com que m você esta falando?" Surgindo a grande reviravolta do filme:

O Seu colega de quarto, a missão no Pentágono liderado pelo general Willian Pacher, nunca existiu!


John foi levado a um hospital psiquiatrico e segundo o médico, ele sofria de esquizofrenia. Conforme o DSM V (Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais), a Esquizofrenia é marcada por sintomas como alucinações ( a pessoa, vê, sente, cheira, ouve, coisas que não existem), delírios ( a pessoa acredita em coisas que não se confirmam na realidade), e afetos inapropriados ou embotado (com se fossem inexistentes). John passa ter que viver a base de remédios, se afastando da vida de professor e vendo seu casamento se deteriorar.






Entretanto, esse post não é para falar da esquizofrenia, mas de ESPERANÇA!

Chega  uma parte do longa, que John decide, com a ajuda e o suporte de sua esposa, de profissionais e de seus amigos (sim, ele não percebia que tinha), retomar seus estudos acadêmicos, mesmo com todas as suas dificuldades. Tendo a biblioteca da faculdade como sua sala, John conquista o coração dos alunos que ali frequentavam, e mesmo com as crises, com as recaídas, John novamente volta a posição de professor.



MAS  E AS ALUCINAÇÕES?



John continuava vendo, mas com ajuda das pessoas próximas e também de profissionais, ele passou ter força suficiente para viver bem, mesmo com elas. Assim como Jonh, todos aqueles que sofrem de transtornos mentais possuem seus fantasmas. Seja depressão, transtorno bipolar, ansiedade, cada pessoas enfrenta seu próprio monstro dia a dia, e da mesma forma que ele teve apoio, essas pessoas também precisam; do mesmo jeito que ele conseguiu vencer, dentro de suas limitações, essas pessoas também possuem capacidade para isso, cabendo ao psicólogo sempre acreditar em seus pacientes, afinal, o fatalismo paralisa.

O John Nash do filme (há muitas diferenças em relação ao livro), mostra  o quanto  apoio, compreensão e esperança, são fundamentais para pessoas que sofrem com algum transtorno possam ter forças para vencer seus fantasmas, mesmo que muitas vezes, tenha que ser uma luta diária.

Ao final , John Nash recebeu o prêmio Nobel de matemática por conta de uma de suas pesquisas, mostrando que o filme não se trata de uma história que apenas gira em torno da esquizofrenia, mas sim, de uma história que fala de esperança e superação.




Para encerrar, enquanto psicólogo:

"Eu quero acreditar que o extraordinário é possível!"

frase de Alicia para John no filme.


Importante ressaltar que esse filme é baseado em um livro e muitas das situações que nele ocorrem se diferenciam da vida real de Nash. Um exemplo, é que as alucinações que ele tinha, ao contrário do filme, em sua maioria, eram auditivas e não visuais. - Do livro

Psicólogo Renan Souza de oliveira

CRP 06/151946

Referências

American Psychiatric Association. (2014). DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora.

Livro: uma mente brilhamte
 Silvia Nasar

Filme: Uma mente brilhante
Diretor: Ron Howard

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