Charlie - Às vezes é preciso se permitir viver
Quando se pensa sobre traumas, adolescência/ juventude, dificuldades
de interação, Charlie talvez seja o exemplo mais nítido desses temas dentro da
literatura e do cinema. O protagonista de As vantagens de ser invisível tem
muito a ensinar quem lê ou assiste sua história.
Charlie
Charlie é um jovem
que acabou de entrar no ensino médio, carregando com ele o fantasma da morte de
seu melhor amigo, no ano anterior, e a culpa pelo que aconteceu com sua tia
Helen que morreu em um acidente, quando foi buscar um presente para ele, quando
Charlie ainda era uma criança.
No início da escola, Charlie
passa a maior parte do seu tempo isolado e sem conseguir fazer amizades,
encontrando refúgio na escrita como forma de lidar com tudo que passou e passa
em sua vida. Inclusive acaba tendo como seu primeiro “amigo”, seu professor de
literatura.
A sua história começa a mudar
quando faz amizade com a Sam e seu meio irmão Patrick, dois jovens que também
vivem suas próprias lutas e que se identificam rapidamente com Charlie. A
amizade deles começa a se tornar um pilar para ele, o fortalecendo e dando um
senso de identidade e possibilitando que ele faça parte de um grupo pela
primeira vez em sua vida.
Pouco a pouco, a partir da
grande amizade que Charlie possui com os meio - irmãos, ele começa a descobrir
um mundo além do que conhecia, experiência seu primeiro amor, sua primeira
dança em uma festa, entre outras coisas, sempre relatando sua histórias em sua
máquina de escrever, que é,
aparentemente, sua melhor amiga.
Entretanto, nem tudo são flores,
há um momento da história que há um rompimento entre eles, levando Charlie
novamente a rever seus fantasmas, de culpa e solidão. Felizmente o laço entre
eles é retomado, mantendo-se até o final da história.
Análise e o que nos ensina
Não se sabe muito da vida
pregressa de Charlie além do seu trauma na infância (que só fica claro ao final
do filme) e da perda do seu melhor amigo. Consequência ou não dessas marcas, o
protagonista tem uma dificuldade muito
grande de se relacionar com as pessoas, tanto que durante suas primeiras
semanas passa a maior parte do tempo sozinho na escola. Pode-se perceber que a
escrita era seu refúgio, algo que se mantém até o final.
Quando ele conhece a Sam e o
Patrick ele começa a perceber que ele não é uma pessoa invisível como ele
imaginava, que tem mais qualidades que podia ver em si.
“Se eu sou tão legal, por que nunca repararam
em mim?” Charlie
“É porque não sabíamos que
pessoas tão boas ainda existissem” – Patrick
As amizades possibilitaram
Charlie viver um mundo novo, além do seu quarto e das suas próprias dores,
sendo junto com a sua família, e principalmente, a ajuda profissional, um ponto
fundamental para ele superar seus traumas de infância.
Sua história nos ensina que às
vezes temos que arriscar viver coisas novas, e que mesmo que sejam difíceis num
primeiro momento, podem abrir coisas muito maiores no futuro, como, por
exemplo, o amor, a amizade e a força que Charlie descobriu e levou para o resto
de sua vida.
CRP 06/151946
Insta - @psirenansouza
Contato - 97453-8054
Comentários
Postar um comentário