Modern Love - Aceita-me como sou, quem quer que eu seja

 



Modern love é uma série da Amazon prime baseada em histórias de amores reais escritas através cartas a um Jornal de Nova York. O conto que trago no post é do terceiro episódio chamado “Me aceita como sou quem quer que eu seja”, protagonizado pela atriz norte americana Anne Hathaway e é sobre a história de sua personagem, Lexi, que consiste esse post.

 

Enredo

Uma manhã de alegria


Logo no início, Lexi vai ao supermercado, animada e feliz, como se o mundo fosse um grande musical. Lá ela encontra Jeff, comprando verduras e fica encantada, indo de encontro a ele. Ela puxa assunto e já o convida para tomar um café da manhã. Com isso, após uma longa conversa eles combinam após o café de se encontrarem novamente uma noite. Cena que termina com ela dançando pelas ruas.

 

Uma reviravolta

 


Na noite do encontro, algo estranho acontece. O Humor de Lexi muda totalmente, ela fica cansada, abatida e totalmente sem ânimo. Jeff se surpreende ao vê-la dessa forma no encontro. Lexi dá a desculpa que estava gripada e deixa para se reunirem novamente, porém, Jeff deixa claro que ela deveria ligar pra ele, quando realmente estivesse disposta.

 Nessa hora, Lexi conta a história para o telespectador... Lexi tinha transtorno bipolar.


O que é o Transtorno bipolar? 




O transtorno bipolar é uma alteração humor onde o sujeito altera entre duas fases: uma fase depressiva e em contrapartida uma mudança para um fase eufórica conhecida como mania ( no tipo I) ou sua forma mais leve a hipomania (tipo II).

 


A mania é o polo oposto à depressão, nela o sujeito fica com humor elevado ou irritado, como se estivesse elétrico, tem autoestima inflada e grandiosa, pode ter pouca necessidade de dormir, pode falar muito rápido, aumenta sua atividade dirigida a objetivos (seja no trabalho, sexualmente entre outros), além de outros sintomas, sendo estes mais leves na hipomania (APA - 2014).

 

Lexi e sua história

 


Lexi conta que desde criança era diferente, na adolescência, como a vidal, ela teve que ser brilhante para compensar os momentos de depressão em que não conseguia produzir ou fazer nada, tendo uma vida dupla. Em uma fase, é alguém animada, eufórica, divertida, uma advogada que resolve casos em poucos dias, a melhor aluna de sua turma na universidade. Em outro momento há uma Lexi abatida, desanimada, que não consegue se levantar da cama.

 

No seu emprego isso é bem enfatizado, ela era vista como a melhor advogada, porém, como sua colega de trabalho lhe avisou, isso não cobria o fato dela ter muitas faltas no RH, e que seu emprego estava em risco. Algo que já aconteceu várias vezes na vida de Lexi, que nunca contou pra ninguém o que se passava com ela.


O ponto de basta / aceitação

 


Lexi em seu momento de mania convida Jeff pra sair, mas na noite do encontro, seu humor muda de polo e ela não consegue se levantar para vê-lo, ele desiste dela e eles nunca mais se veem. Nesse ponto, Lexi também é demitida pelas faltas, porém sua colega de trabalho resolve lhe pagar um café para conversarem.

 

 A protagonista, pela primeira vez, contou para alguém sobre seu sofrimento, sobre seu transtorno. Sua amiga não só aceita, como diz que ela precisava saber disso, faltava algo pra se conectarem de verdade, além de dizer que Lexi era a pessoa mais divertida que já conheceu e que não desistiria de ser sua amiga.

 

Análise


 

Lexi como muitas pessoas, cresceu acreditando que seria rejeitada se descobrissem quem era de verdade. Ela vivia no universo do Direito, num mercado disputado de sociedades e pensava que se descobrissem ninguém ia contratá-la. A mesma coisa em seus relacionamentos pensava que se souberem que ela tinha um transtorno ninguém a amaria.

 

Porém o efeito foi ao contrário. Ao esconder quem era, não permitia que as pessoas a compreendessem, confirmando a ideia de que é rejeitada, sua dor só se tornava maior, enquanto carregava o peso sozinha. Ao falar para sua colega/amiga, relata que foi como tirasse uma pata de elefante do seu coração, e ao ser aceita, contradisse pela primeira fez, a fantasia de que ninguém a amaria do jeito que ela era, abrindo portas para mudança.

 

Desfecho


 

Ao final, Lexi começa a se tratar e liga para as pessoas de sua vida, contando sobre sua síndrome, percebendo que ela só isolou ao esconder uma parte importante de si. A protagonista, então, termina dizendo que sua vida finalmente mudou e que, novamente, está aberta para um novo relacionamento, mas agora, sem segredos, em que a pessoa terá que amá-la como ela realmente é, quem quer ela seja.

Psicólogo Renan Souza

CRP 06/151946

 Insta @psirenansouza


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